quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A História do Vidro

Tentar fazer um trabalho sobre a história do vidro não será uma tarefa fácil. Pesquisar toda a informação e passá-la para um documento escrito, será complicado; porém, como sou uma pessoa de grandes desafios, aqui estou eu pronto para o trabalho!...
A minha grande preocupação é não conseguir desenvolver o tema com o devido valor que o vidro tem, tanto na cultura dos povos como na minha própria vida. Numa tentativa de fazer o melhor possível, decidi pesquisar e sintetizar o que de mais interessante encontrei, em vários sites da Internet, de modo a complementar a informação que já possuía.

As Origens do vidro
Para escrever sobre a história do vidro é preciso ir às suas origens e aqui surge logo a primeira grande questão.

Como foi descoberto e por quem?
Não há um consenso acerca das origens do vidro, embora duas ideias mais gerais apontem, para estas duas versões:
Alguns historiadores atribuem a descoberta do vidro a mercadores Fenícios, há mais de cinco mil anos. Esta teria ocorrido acidentalmente, quando atravessavam o deserto e utilizaram placas de nitrato de sódio, debaixo das panelas enquanto cozinhavam. No chão começou a aparecer um material que não conheciam, a que chamaram vidro.
Outra versão da história atribui a navegadores, também Fenícios, que ao acenderem uma fogueira na praia, onde havia duas das matérias-primas básicas da composição do vidro, (a areia e o calcário das conchas), observaram que com a acção do calor, se formou no chão debaixo da fogueira, uma massa incandescente a que chamaram vidro.
Há também historiadores que defendem que o vidro é uma invenção ainda mais antiga. Sustentam esta ideia com achados arqueológicos.
Embora não havendo consenso histórico sobre as origens do vidro, nem em relação ao século em que isso aconteceu, sabe-se que houve vários povos que produziram peças em vidro, 3000 anos antes de Jesus Cristo, nomeadamente:
Assírios, Fenícios, Babilónios, Gregos e Romanos.
O povo do Egipto foi dos que mais desenvolveu o fabrico de peças de vidro, nomeadamente peças de uso pessoal. Pois, já naquela época, faziam bijutaria em vidro. Foram encontradas várias peças de vidro no túmulo do Imperador Tutankhamon.
Para quem, como eu, trabalha diariamente com o vidro e conhece o esforço físico a que estamos sujeitos, incluindo as altas temperaturas, consegue ter uma pequena ideia do que era trabalhar o vidro há 3000 anos atrás.
Naquela época, a produção de peças de vidro exigia, certamente, um esforço terrível aos operários, na maioria escravos. A dificuldade em atingir as elevadas temperaturas que são necessárias, tanto para a fusão das matérias-primas básicas da composição do vidro, como para a fabricação das peças, decerto dificultava ainda mais o trabalho.
O Egipto foi dos primeiros países a introduzir a técnica do fole, adaptada aos fornos, para assim conseguir maiores temperaturas. Tornando a massa vitrífica (vidro) mais maleável, logo mais fácil de trabalhar.
O processo de fabricação de peças de vidro teve um grande impulso com a descoberta da Cana de Sopro. Segundo os historiadores esta descoberta aconteceu no século I antes de Jesus Cristo. Relativamente a esta descoberta, existe unanimidade: foram os Romanos, nos territórios que dominavam, até ao Médio Oriente, os primeiros a utilizar a “cana de sopro”. Tal situação passou a possibilitar a produção de peças de vidro em grandes séries, através do enchimento de moldes. O vidro até ai apenas era modelado.

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